1.3.11

B I C I C L E T A S N O V A R A L

02:31 de uma terça-feira útil e não consigo dormir. Choro, às vezes compulsivo, me ataca. Leio, obsessivamente, tudo que a internet oferece sobre o assunto, mas não me satisfaço.

Não sou ciclista, mal lembro da última vez que subi em uma bicicleta.

Aconteceu em Porto Alegre, a cidade onde nasci, que amo e elegi como minha. No bairro Cidade Baixa, onde tantas vezes exerci um alter-ego que tanto me agrada. Um homem (pode-se chamá-lo de homem?), descontrola-se ao se ver diante de uma massa de ciclista e decide ceivá-los para abrir passagem a seu direito de ir e vir.

Legítima defesa, alega advogado.
EPTC deveria ter sido comunicada sobre manifestação, alega autoridade.
Monstro, alega ciclista testemunha.

Tem algo dentro de mim que não consegue entender. E não me deixa em paz. Onde estamos? Que mundo estamos levando adiante onde não existe espaço para paciência, tolerância, respeito?

Eu sou motorista, cometi algumas infrações nesses quase vinte anos ao volante, mas antes disso sou gente. Não sou ciclista, repito, mal sei se ainda lembro como usar os pedais, mas antes disso sou gente. Sou pedestre, caminho e cruzo ruas, avenidas, alamedas, mas antes disso sou gente.

O que me deixa sem sono não é apenas a vulgaridade do ato de um motorista desequilibrado. É o homem por trás desse volante. Gente.

Um homem que diz ter temido pela integridade de seu filho, sentiu-se ameaçado por outros homens que se acreditavam no direito de trafegar com seus veículos legalmente previstos pela legislação sem ter que comunicar a este ou aquele órgão público. Um grupo eclético de pessoas que apenas trafegava devagar. Gente.

Em que momento nós humanidade (gente) erramos ao conceder direitos, delegar prioridades, gerar medos, criar perfis? Direito de ir e vir se sobressai à vida. Prioridade sobre a vida. Medo sobre a vida. A lei do mais forte. Carro sobre bicicletas. Gente sobre gente.

O homem do carro não é culpado por temer quando se lê tanto sobre violência no cotidiano. As bicicletas não são culpadas quando se lê tanto sobre ecologia. A mídia não é culpada quando se lê tanto sobre crescimento econômico do país. As montadoras de carros não são culpadas. As autoridades não são culpadas. O sistema não é culpado. Gente, esses são os verdadeiros culpados. Gente e seus valores, gente e seus instintos básicos. Gente. Gente. Gente.

Eu quero um mundo melhor, mais tolerante, mais ecológico, mais paciente, mais respeitoso para os filhos que não quero ter.

Isso é um desabafo, não um texto.

16.9.09

A M I Z A D E

12 dias consecutivos de uma dor de cabeça interminável que culminaram numa enxaqueca mortal. Resultado? Descobrir que quando tupo parece implodir tem alguém bem do ladinho, quietinha, que é simplesmente... amiga.

http://andthesongis.blogspot.com/2009/09/marcia-sem-acento.html

Obrigada, Rafinha. Sem palavras mesmo.

16.3.09

3 6 5

Trezentos-e-sessenta-e-cinco-dias. Tá longe de ser um foram-felizes-para-sempre, mas muito mais perto de um conto-de-fadas do que se podia imaginar no dia um. Minha aluna mais próxima (ela mora no andar de baixo, estou falando de distância, não fiquem com ciúmes) me lembrou do telefonema que recebi no meio da aula há um ano. E passamos por tudo: na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na mordomia e na dureza, nos amigos e inimigos, na democracia e na tirania. Meu amor me deu a mão nas horas boas e más, 365 vezes. 365 dias de felicidade. Amo. Meu!

7.3.09

A D U L T E S C E R

Eu não queria gastar esta que é uma das minhas invenções favoritas, mas a palavra vem bem pra retormar o blog junto com o ano. Justamente na semana em que retomo minhas aulas o tema da primeira foi a influência da publicidade através das crianças. E só porque o tempo é curto, pincelo aqui a conclusão (óbvia) da discussão: as crianças (em idade) estão sendo empurradas para a adolescência cada vez mais jovens, enquanto que adultos (em idade) estão atrasando cada vez mais tempo a saída da adolescência. E no final da aula, tive de falar para o meu aluno mais prospective: "não sou um terço a adulta que minha mãe era na minha idade." Será que tenho que crescer?

16.10.08

V I R A Ç Ã O

Não era pra ter nada a ver com aquela velha canção gaudéria, mas sim para escrever sobre um momento bem interessante da minha vida. O título caí bem pra descrever tal momento, mas acabei lembrando do som e (pulando algumas etapas da seqüência de pensamentos livres) cheguei até o Fogaça. Será que ele vai ganhar a eleição? Ou vai dar viração?

Independente do resultado do pleito municipal, vivo uma fase de viração. Pra quem não sabe, um resumo enigmático: ando passando por situação bem peculiar num dos milhares de âmbitos da minha existência. Quase surrealista, considerando que a época da Ditadura na América Latina já acabou faz décadas. Mais detalhes só por telefone (isso se ele não estiver grampeado).

Mas como toda tempestade traz bonança, diz o ditado, eis que me surgem algumas oportunidades profissionais pra chacoalhar minhas certezas. E cá estou eu, felicíssima, a escrever, escrever, escrever, em dois idomas. Sim, descolei uns trabalhinhos muito maneiros que me trouxeram de volta uma velha paixão. Gostinho de sonho na ponta dos dedos.

12.9.08

N Ã O S E M A T E

"(...) o amor é isso que você está vendo:
Hoje beija... Amanhã não beija...
Depois de amanhã é domingo,
e segunda-feira, ninguém sabe o que será ."

- Drummond -

1.9.08

F E L I C I D A D E

Ser feliz é algo tão simples e fácil. Basta viver agora e não ficar projetando o futuro ou remoendo o passado.

Sorria, você está sendo filmado.

21.8.08

N O V O S L E I T O R E S

No intuito de prestar uma homenagem aos novos leitores do meu blog escolhi, de coração, esta que, na minha singela opinião, é uma das expressões mais genuínas da nossa literatura:

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

O texto, infelizmente, não é meu. É de Manuel Bandeira. (cujo nome coincidentemente tem as mesmas iniciais que o meu)

18.8.08

M A G U A R Y C A J U

Maguary Caju, tomou e ficou com cara de... urubu.

Que suco bem ruim! Não entendo porque algumas pessoas insistem em tomar essa droga. Perda de tempo total. Com tanto sabor na vida pra desfrutar vão logo de maguary caju. Eu, hein? Tem que desgostar muito de si mesma pra fazer um negócio desse com o organismo.
(só me explica uma coisa: como é que eu publiquei isso ontem nessa hora que tá aí embaixo se o que eu tinha era apenas uma caneta e um papel na mão? não entendeu a internet...)

25.6.08

F A C E B O O K

Estou de muda para o Facebook.
LIBERDADE DE PENSAMENTO: DIREITO DO INDIVÍDUO DE EXTERNAR SUAS OPINIÕES E CRENÇAS (dicionário Aurélio - básico). TEM NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL TAMBÉM, JÁ NAS PRIMEIRAS PÁGINAS.
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Seguindo a tradição, sai o velho About me, mas fica registrado aqui.
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“tu tem essência.”- juliana s.

“you are a regular woman.”- patrick c.

“tu estás na profissão errada, tu és uma atriz.”- martin s.

“minha garotinha dos cabelos naturalmente encaracolados.”-pai

"nega se recupera rápido."- l. gustavo l.

“tu tens que aproveitar isso agora, pois talvez nunca mais veja isso outra vez.”- valéria a.

“tu ouve olhando o tempo inteiro nos olhos.”- felipe i.

“she’s like a rainbow.”- mick j.

“como tu mente.”- guilherme b.

“tu pode ficar aí no teu mundo, desejando bem forte, de todo teu coração e com todo fervor e sinceridade, mas não quer dizer que vais conseguir.”- gabriel l.

“amiga, tu tem que sair desse mundo de ilusão.”- ana p.

“she says she’s just left the nightclub and she’s on her way.”- nathan c.

“tu não precisas ser forte sempre, às vezes tens que te deixar ajudar.”- iara h.

“all you need is love.”- john l.

"a marcia é má cia. só tirar o erre."- márcio p.

“marcia, sou eu que tô aqui do teu lado.”- khalil o.

“tu é a irmãzinha que eu não tive.”- marcelo p.

“i’ll be your baby tonight.”- bob d.

“a marcia rega samambaia com polar.”- maurício g.

“te amo.”- mãe

“miau!”- brahma, krishna, dharma, gigi, janis e outros milhares de felinos

“adoro esse teu jeito. parece que tu tá sempre bêbada.”- luciana l.

“tu é a encarnação da ‘lindeza’.”- hughes b.

“tu é má.”- paulo w.

“de onde é que tu tira essas idéias?”- richard z.

“às vezes eu tenho medo de ti.”- bruno f.

“inspiration is what you are to me.”- robert p.

"não te preocupa, a saia ficou no lugar o tempo todo."-viviana s.

“tu é cítrica.”- andréia g.

“onde é que tu tava com a cabeça nessa hora?”- jason x.

“do you regret?”- aziza m.

“que bom que tu voltou.”- viviane g.

“paguei um pau pra esse teu texto do perfil.”- clarisse p.

9.6.08

S O B R E L O C U P L E T A R - S E

Indignada com os últimos rumos da nossa política, resolvi voltar ao bom e velho comentarísmo político de almanaque. Sério. Cansei do ostracismo. A partir de amanhã (quando voltar o fôlego perdido com a CPI de hoje), gás total.

Enquanto isso leiam uma coisa que presta: http://www.novacorja.org

26.5.08

A P E D I D O

Estou atualizando isso aqui simplesmente porque todo mundo (leia-se 3 ou 4, mas de cabal importância) comentou a desatualização. Pronto. Updated. (pra não repetir a palavra atualizar)

23.4.08

D E S C U L P A S

Estou eu aqui tentando escrever sobre trabalhar no setor público ao mesmo tempo que copio um questionário de dez perguntas sobre livros que saiu na Zero Hora (e eu que jurei nunca escrever "Zero Hora" nos meus textos). Eis que me chama minha colega e amiga Lu comentando sobre uma mensagem que recebera de um pretenso interessado. O rapaz, que conseguira seu telefone através de um amigo em comum, ousadamente lhe enviara um torpedo perguntando se ela tinha algum compromisso para hoje. A Lu, nem um pouco interessada em sair com o cara, vira-se pra mim, e com aquela cara de aflição pergunta "Digo que eu tenho o quê hoje pra me livrar do cara? Inglês, terapia, ioga?" Eu, no melhor intuito de ajuda, respondo "Ah, fala que vai sair com o namorado, assim te livra logo de uma vez." Pensando melhor, emendei "Fala logo que vai sair com a namorada, assim ele desiste." Num ímpeto de resolver definitivamente a questão para minha amiga Lu, usei a técnica do absurdo orientando a colega "Diz pra ele que hoje é quarta-feira e é dia de zoofilia, então tu vai sair com teu cavalo. E ponto final." O cara nunca mais vai incomodar a Lu.

18.4.08

B O R B O L E T A S

"As borboletas têm dois pares de asas membranosas cobertas de escamas e peças bucais adaptadas a sucção. Distinguem-se das traças (mariposas) pelas antenas retilíneas que terminam numa bola, pelos hábitos de vida diurnos, pela metamorfose que decorre dentro de uma crisálida rígida e pelo abdômen fino e alongado. Quando em repouso, as borboletas dobram as suas asas para cima." (http://www.wikipedia.org)

Eu já andava com saudades de falar em borboletas. A Shana, minha colega de trabalho que é estagiária de RP, tem 23 anos, é lindíssima e namora um cabeludo, contou que uma vez "tratou" uma borboleta. Segundo ela "a pobrezinha tava dodói" e ela resolver cuidar da bichinha até sarar. A grande dúvida da pequena Shana era apenas como alimentar aquela delicadeza de inseto, problema prontamente resolvido com alguns grânulos de açúcar avidamente "lambidos" da palma de sua mão. Que doce.

Eis que num momento de lucidez me dei conta que já era hora outra vez. Elas visitaram meu http://www.fotolog.com/mboeira por dias seguidos no início. De repente viraram uma grande mariposa feiosa. E agora voltaram a ser borboletas, coloridas e farfalhantes, retumbando no meu estômago. Mas eu tive medo de as expor outra vez ao mundo, medo de virarem mais uma vez mariposa travestida de desengano. Foi então que me dei conta: "e daí?" Que o mundo saiba, que falem, que cochichem à minha volta, que adorem ou que odeiem. Quem está com borboletas no estômago, sorriso na cara, pele corada e a vida em dia sou eu. E quem vai cair do cavalo alado em caso de nuvem de mariposas sou eu. Então quero mais que as borboletas aqui no meu ventre façam amor e se multipliquem enquanto for infinito.
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A foto aí em cima foi tirada pela artista plástica, jornalista e amiga-retomada-da-adolescência Vivi Gueller. Ela conta que é assim que as borboletas fazem amor. E viu isso da própria janela.

11.4.08

M E N

Dorothy Parker é foda. Andei ouvindo coisas ontem e lendo outras hoje que me deixaram com aquele ar pesado de tempestade de verão. Então fui atrás de alguma coisa da Dottie que tivesse digitado no meu pen drive (companheiro inseparável!), pois esqueci o livro em casa. Lá estava um único documento do word. Abri e eis que o único poema que digitara era esse. E foi simplesmente perfeito o encaixe.
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Men
They hail you as their morning star
Because you are the way you are.
If you return the sentiment,
They’ll try to make you different;
And once they have you, safe and sound,
They want to change you all around.
Your moods and ways they put a curse on;
They’d make of you another person.
They cannot let you go your gait;
They influence and educate
They’d alter all they admired
They make me sick, they make me tired.
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Sorte que hoje tem Hibria no Manara e vou bater muita cabeça pra ver se tonteia os macaquinhos do sótão que andam inventando sentimentos que não deveriam haver.

4.4.08

T W O W O R D S A B O U T Y E S T E R D A Y & T O M O R R O W

I'd trade all o' my tomorrows
For one single yesterday
– Janis Joplin –

Oh, seek, my love, your newer way;
I’ll not be left in sorrow
So long as I have yesterday,
Go take your damned tomorrow!
– Dorothy Parker –

3.4.08

S O M A T I Z A N D O

Eu já escrevi isso mil vezes, mas nunca um post inteirinho só sobre isso.

Eu somatizo tudo. Meu corpo reage a cada acontecimento da minha vida conforme a intensidade deles. Ontem acordei gripada, hoje estou febril. Mas nunca escrevi tanto, produção, produção, produção. Dizem que a febre é um alerta de que algo não está bem com nosso corpo. Um aviso de que o funcionamento dele não está correto. Será que estou agindo em desacordo com meus valores? Por que dizem que a dor e a raiva produzem as melhores artes?

1.4.08

C O M P A R T I L H A N D O M Ú S I C A S

Eu sempre fui meio avessa a dividir minhas eternamente favoritas músicas com meus amores tão sempre passageiros. Concordo que não há nada mais gostoso que compartilhar momentos bacanas com alguém e ainda por cima ao som dos meus acordes prediletos. O problema é quando acaba a relação. E fica aquele resquício de mágoa. E lá vai aquela canção que tanto prazer me dava para a trilha sonora das desilusões. Aconteceu com Nina Simone, Norah Jones, Dylan, Warrant, Tyketto e Malmsteen. Alguns deles já superei, outros ainda me revira o estômago só de pensar em ouvi-los. Sei que passa, tudo se supera nessa vida, clichêzão, lá vai, o tempo é o pai dos remédios. A única coisa que não se recupera é o agora. Para a perda desse não tem alimento que acalme a fome da alma.

31.3.08

M E D O

Eu tenho medo do medo. Tenho medo de gente medrosa. Tenho mais medo de quem teme do que de quem mente, dissimula, trai. Com estas pessoas eu sei lidar. Com o medo não. Nem o meu, nem o seu. Se é que isso é medo. Tomara que seja mentira, dissimulação. Ou até traição.

24.3.08

E S C L A R E C I M E N T O

Apenas a título de esclarecimento: estas duas últimas postagens não condizem com meu estado de espírito atual.


Tive que publicar este esclarecimento pra não correr o mínimo risco de magoar um coraçãozinho tão magnífico e que só alegrias me tem trazido nos últimos tempos. E compreensão (porque sei que sou difícil, especialmente quando me amedrontam). E autocompreensão (porque não é só o tempo que agrega sabedoria). E espelhos, elogios, vergonhas (!), emoções novas, emoções velhas. Sem falar em prazer.


Quer saber meu verdadeiro estado de espírito no momento? Veja: http://www.fotolog.com/mboeira/53946808

22.3.08

N Ã O M E M A N D E F L O R E S

Não me mande flores
Pare de bater no interfone
Não preciso do seu amor
Pare de me torturar
Não ouse me ligar
Não preciso do seu amor

Eu não amo você! (Só amo você...) Eu não amo!

Seu olhar implorante
Suas caras de amor
Não preciso do seu amor
Sua roupa combinada
Jamais vai me conquistar
Não preciso do seu amor

Eu não amo você! (Só amo você...) Eu não amo!
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Lembrei dessa letra do Defalla - muito milnovecentoseoitentaecoisa - no sábado de tarde. Porque até mulher bem resolvida tem o direito de surtar com geração espontânea da sua própria cabeça.