21.8.08

N O V O S L E I T O R E S

No intuito de prestar uma homenagem aos novos leitores do meu blog escolhi, de coração, esta que, na minha singela opinião, é uma das expressões mais genuínas da nossa literatura:

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

O texto, infelizmente, não é meu. É de Manuel Bandeira. (cujo nome coincidentemente tem as mesmas iniciais que o meu)

18.8.08

M A G U A R Y C A J U

Maguary Caju, tomou e ficou com cara de... urubu.

Que suco bem ruim! Não entendo porque algumas pessoas insistem em tomar essa droga. Perda de tempo total. Com tanto sabor na vida pra desfrutar vão logo de maguary caju. Eu, hein? Tem que desgostar muito de si mesma pra fazer um negócio desse com o organismo.
(só me explica uma coisa: como é que eu publiquei isso ontem nessa hora que tá aí embaixo se o que eu tinha era apenas uma caneta e um papel na mão? não entendeu a internet...)