11.12.07

T R Ê S C O I S A S

3 Coisas que Eu Aprendi com as Mulheres:
  • Fazer a sobrancelha
  • Tirar a maquiagem antes de dormir
  • Trocar a mangueira do gás do fogão

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3 Coisas que Eu Aprendi com os Homens:

  • Separar paixão, amor e sexo
  • Negar até a morte
  • Trocar a resistência do chuveiro

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3 Coisas que Eu Aprendi Sozinha:

  • Passar café (e ficar o melhor do mundo)
  • Elogiar apenas quando sinceramente
  • Gostar muito de mim

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3 Coisas que Eu Aprendi com a Última Amiga que me Decepcionou:

  • Que eu tenho um bom gosto natural
  • Que dar em cima do homem da amiga é o modo mais eficaz de queimar o filme não apenas com a amiga, mas com todo o resto do bando
  • Que rancor é algo que só machuca quem sente

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3 Coisas que Eu Aprendi com o Último Otário que Deixei Invadir Minha Vida:

  • Que eu tenho pés lindos
  • Que a minha casa é o melhor lugar do mundo
  • Que não se deve pisar em quem já está no chão

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3 Coisas que Eu Ainda Preciso Aprender:

  • Que as coisas não se consertam sozinhas
  • Que eu posso muito mais do que faço
  • Que em certas ocasiões e para certas pessoas é melhor manter a boca calada

2.12.07

A M A R - i s s o e x i s t e ?

Tem um poema do Glauco Mattoso que volta e meia faz todo o sentido do mundo na minha vida:



Amar, amei. Não sei se fui amado,

pois declarei amor a quem odiara

e a quem amei jamais mostrei a cara,

de medo de me ver posto de lado.


Ainda odeio quem me tem odiado:

devolvo agora aquilo que declara.

Mas quem amei não volta, e a dor não sara.

Não sobra nem a crença no passado.


Palavra voa, escrito permanece,

garante o adágio vindo do latim.

Escrito é que nem ódio, só envelhece.


Se serve de consolo, seja assim:

Amor nunca se esquece, é que nem prece.

Tomara, pois, que alguém reze por mim...

25.11.07

H O M E M P R A Q U Ê ?

Pleno domingo, a casa um emaranhado de pêlos de gato, lençóis, almofadas, roupas para lavar e louça suja na pia. Num ímpeto de ocupar a cabeça com praticidades e evitar que as irracionalidades tomassem conta, decidi que finalmente chegara a hora de provar pra mim mesma que homens são um artigo em desuso. Depois de quinze dias sem usar o fogão porque a mangueira furara, rompi com meu último medo na seara masculina dentro de uma casa: o gás. Eu que há anos já me orgulhava de saber trocar uma resistência de chuveiro, após uma unha quebrada e alguns arranhões, descobri que não dependo de mais ninguém. Uma alegria quase infantil preencheu meu corpo, escanteando certos pensamentos emotivos que andavam atormentando meus minutos nestas duas últimas semanas.

Dizem que as mulheres passam a vida procurando um homem que esteja à altura da figura paterna. Meu pai educou a mim e minhas duas irmãs (deixo meu irmão fora disso) para sermos independentes. Quase como homens. Ao mesmo tempo em que sempre foi ele o provedor, nos ensinou que não dependêssemos de nem uma outra pessoa para conquistar o que quiséssemos. Aos dezesseis anos ouvi dele as duras (porém sábias) palavras que nunca saíram da minha cabeça: "Não existe liberdade sem independência. E independência só significa independência financeira". Cresci um espírito livre, tenho orgulho de tudo que ele me ensinou e, conseqüentemente, do que conquistei. Apesar de muitas vezes ouvir das pessoas que meu raciocínio é bastante masculino, existe algo em mim que não nega meu gênero. Sinto tudo muito intensamente, como se estivesse numa constante TPM. Nada mais feminino que isso. Ironicamente.

Na minha juventude lutei muito contra a mulher que sempre tentou emergir. Acreditava que só havia espaço para o homem em mim, o forte, provedor, insensível. Aprendi a apreciar coisas típicas do mundo dos homens e tentei conviver com eles como se fosse apenas mais um. De uns tempos pra cá passei a entender que homens e mulheres podem sim conviver em harmonia até mesmo dentro de uma só pessoa. E descobri a agradável sensação de ser emotiva, delicada, carinhosa. Passei a ter que aprender coisas típicas do mundo das mulheres: maquiagem, perfumes adocicados, instinto maternal, cozinha. Morar sozinha há tantos anos e saber trocar uma resistência de chuveiro, mas ter de tomar café instantâneo passou a se tornar contraditório. Logo eu que sempre apreciei um pretinho bem passado! Modéstia à parte, hoje ninguém passa um cafezinho tão bem quanto eu. Ao menos para o meu gosto. E nesses quinze dias sem fogão e de aperto no coração tive que apelar para o homem que mora aqui comigo me tirar das profundezas desse lago que são as emoções e trocar a maldita mangueira do gás, pois não agüentava mais ficar sem exercitar a culinária.

Enfim vou poder tomar um café.

PS.: o mais engraçado de tudo é que a única vez (há muito muito tempo) que um homem se ofereceu para trocar a resistência do meu chuveiro, fiquei sem banho em casa por uma semana. Essa mesma criatura se ofereceu dia desse pra trocar a tal mangueira. Achei melhor não. Além do chuveiro e meu coração, ainda ia estragar o fogão? Não, obrigada.

22.11.07

P E S S O A S S Ã O R I D Í C U L A S

Meu amigo Emo tem razão: a melhor filosofia é "pé na porta e soco na cara". Eu chuto o balde mesmo. Sou impulsiva, agressiva, cáustica, irônica, vil. É só meu sangue borbulhar que aí fudeu. Quando criança eu era daquelas que bastava ver que o jogo não estava muito para as minhas peças que lá ia uma "bomba atômica" para cima do tabuleiro de War. Depois, é claro, tinha que arcar com as caras feias de quem estava ganhando. O pior mesmo era quando a quase-vencedora era minha prima Juliana, que hoje em dia se auto-define "humor: rude" no Orkut. Mas o convívio com a Ju me ensinou a não temer a reação de ninguém e ir por meus própios desígnios.

E foi assim que eu acabei me rendendo a minha própria consciência (que pesou pra caralho nesses últimos dias) e tomando uma atitude que muitos possam classificar como ridícula. Isso só combina comigo. Consciência limpa, aprendi que certas coisas fazem mais mal para nós mesmos do que para quem a gente quer atingir, então que se dane o papel de ridícula. Todas as pessoas são ridículas nas suas convicções. Depende apenas do ponto de vista.

E Game Over. Pois o fim do jogo é apenas o prelúdio do próximo.

16.11.07

C A R T A S D E A M O R S Ã O S E M P R E R I D Í C U L A S

Escrevo melhor do que falo e também porque não quero te dar o trabalho de ter mais uma pessoa "magoada" contigo nessa vida. E sem teu email, vai assim mesmo, a mão.

Tu invadiste minha vida por três dias sem me dar tempo pra pensar em mim ou fazer qualquer outra coisa que não te dar colo, atenção, apoio e carinho. E eu só te pedi uma coisa: honestidade. Cartas na mesa, entendes? Não fui eu quem te pediu pra te acompanhar em ensaio, fazer churrasquinho no feriado, ou pra ficar contigo no final de semana seguinte. Foi tu. E se a tua vontade mudou, ora, nada mais honesto com uma pessoa tão legal como eu fui contigo do que dizer um simples "não quero mais". Quando percebi isso e te perguntei, tu me desconversou. Pra quê? Totalmente desnecessário. Certamente teria doído ouvir na hora, mas não teria me deixado sentindo uma trouxa.

Eu tenho uma vida muito boa. Tenho uma casa que eu amo, minhas gatas que cuido tão bem, um trabalho que eu curto bastante, grana suficiente pra fazer várias coisas que me dão prazer. Tenho amigos bárbaros, minha família é ótima e namoricos esporádicos que normalmente suprem minhas eventuais carências emocionais e físicas. Eu não tô a fim de me relacionar seriamente com ninguém e isso não é uma fase. É simplesmente a ausência de homens que me despertem este desejo. Se eu quiser me "relacionar" com alguém, esse alguém vai ter que ser no mínimo do mesmo nível que eu. Uma pessoa viva, cheia de energia, com coração, cultura, objetivos na vida. Gente fodida e mal paga tem bastante por aí. E eu entendo bem essa necessidade de vocês de querer estar perto de mim e sugar um pouco desse brilho todo que emana da minha pessoa. Por isso eu não fico magoada.

Tenho certeza que lá no fundo tu tens um resquício de dignidade e vais acatar um último (e único) pedido meu: faz-de-conta que a gente não se conheceu. Apaga meu telefone da tua agenda e pronto. Tu não te incomodas mais comigo. E eu sigo aproveitando a vida fantástica que eu construí pra mim.

Um beijo e boa sorte.

1.11.07

L O S T I N C U R L S

O texto é mais antiguinho, mas tá valendo ainda a profusão de idéias...
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Perdi o sono exatamente às 4:08. Às 4:39 desisti da cama e levantei com o firme propósito de escrever uma história daquelas bem cabeludas. Já são agora 5:07 e, ao invés disso, emaranhei meus pensamentos em bastos cachos escuros, mais longos que os meus. E fico aqui a me perguntar como é que alguns centímetros de fios a mais que o padrão me fazem perder a cabeça dessa maneira. O mais pitoresco de tudo é que fico arranjando desculpas pra me apaixonar e o sexo nem foi assim tão bom. Tá certo, não culpo a sua pouca experiência – ao menos foi o que me pareceu – nem a minha falta total de tesão em função dos 20mg diários de fluoxetina. Álcool demais e privacidade de menos. A verdadeira fórmula do fracasso. Pelo menos pra mim. Porém não posso negar que tenho calafrios só de lembrar do erre do meu nome pronunciado enrolado, à Texana, tantas vezes ao longo da noite. E outros pequenos detalhes, que de sexuais nada tem a ver, mas que a cada trepada me convencem de que sexo não é mesmo resposta pra nada, a não ser saciedade, assim como beber água, comer, respirar, aquecer-se.

Então que estamos lá deitados, completamente nus, ele a acariciar meu rosto e meu corpo como nenhum one-night-stand jamais se dispusera e, repentina e inesperadamente ouço a banalidade da pergunta No que é que você está pensando, como se fôssemos assim íntimos de tanto tempo. E eu, completamente surpreendida respondi com um frívolo Nada e emendei com o pouco poético Em como deve estar frio lá fora, e só a pensar em como me irritava quando o outro, aquele com status de namorado, me respondia assim com tantos Nadas.

E agora já são 5:47, quase hora de tocar o despertador oficial e eu me dou conta de que perdi praticamente duas horas e nada de frutuoso foi escrito, pois estas reminiscências não servem pra nada a não ser rememorar com um certo prazer nostálgico um momento que mal tem mínimas chances de se repetir. Apesar de não passar de presunção auto-protencionista da minha parte achar que todos os homens são sempre iguais.
Vou diminuindo os parágrafos de tamanho para que o corte não seja assim tão súbito. Já não há nada mais da dizer, pois todo meu desejo de escrever se resumiu ao conteúdo do segundo parágrafo, que não passa de uma ode aos meus próprios atributos e façanhas, bem ao estilo egoísta pós-moderno dos nossos tempos.

Escolho agora algumas palavra para servirem de desfecho, mas nada me vem à cabeça, a não ser mechas dos meus próprios caracóis que escapam da presilha mal ajeitada no emaranhado de cabelos enredados por uma noite de reviradas no travesseiro. E um pouco do sono que me volta ao fundo dos olhos.

28.10.07

F A C A N A C A V E I R A

Acabei de chegar do cinema. Finalmente consegui ver na telona o filme que mais tentativas frustradas me trouxe. Todo mundo já tinha visto Tropa de Elite, a maioria em DVD pirata. Passei um mês fugindo das conversas em que o tema era ele. Queria chegar virgem à história. E queria era ver no cinema. O ambiente escuro, a individualidade, a intensidade de som e luz sempre me fazem sair da sala como se eu realmente tivesse vivido aquele pedacinho de história.

Ouvi falar do filme pela primeira vez em algum momento antes da minha última visita ao Rio. Mas foi apenas lá que tomei consciência da existência dele e me interessei em assistir. Estava acontecendo o Festival do Rio, festival de cinema onde a grande pré-estréia era a da película mais aguardada este ano. O Rio tem essa particularidade de ser centro do país. E não é apenas geograficamente. As coisas acontecem lá. Acontecem primeiro, acontecem de verdade, acontecem mais intensamente, mais violentamente. Pois lá o filme estava na boca de todo mundo. Na capa de O Globo, em destaque na Bienal do Livro, no churrasco em família. Na mesa dos barzinhos da Lapa ouvi falar pela primeira vez do BOPE. Didaticamente me explicaram o que era o Caveirão. Pouco antes da minha volta eu já estava até fazendo piada com a famosa viatura super blindada que está mais pra tanque de guerra do que carro de polícia. Eu estava me sentindo dentro da história. Faltava apenas ver o filme.

A gente bem que tentou a pré-estréia no Festival do Rio, mas ali, de última hora, era óbvio que não iríamos conseguir. Tentativa frustrada número um. Voltei pra Porto Alegre resignada com a idéia de ter de esperar cerca de um mês pra finalmente assistir a história do Batalhão de Operações Especiais. Paciência. E então chegou o grande dia: 12 de outubro. Lá estava eu para minha segunda tentativa frustrada. Ingressos esgotados. No dia seguinte, outra vez. E no final de semana seguinte, como que num passe de mágica, todos meus possíveis acompanhantes já tinham visto. Mais uma frustração.

Então hoje finalmente aconteceu. Escolhi meu cinema favorito, sentei num lugar bom, tirei até os sapatos. Então saboreei cada fotograma da história do Capitão Nascimento e seu cotidiano. Fui a última a sair do cinema. Não consegui me mexer. Um inexplicável misto de raiva, ódio, culpa, frustração, indignação me tiraram o domínio sobre meus movimentos. Deve ter sido a tal de catarse.

Havia horas que andava percebendo um certo movimento na direção de culpar a sociedade civil pela violência. Um comercial político aqui, uma entrevista em páginas amarelas ali, o discurso de um acolá. E eu indignada pensava "Que é isso? Agora querem botar a culpa na gente? Assim, de uma hora pra outra?" Só depois de ver o filme é que entendi. Na verdade tive um insight que foi além da mensagem o-usuário-financia-o-tráfico. A violência é nossa responsabilidade sim quando compramos drogas. Mas nossa responsabilidade vai muito além dessa relação tão direta. Quando estacionamos nosso carro em vaga de deficiente somos responsáveis pela violência. Quando eu largo o carrinho de supermercado atrás de outro carro estacionado ao invés de simplesmente tirá-lo de circulação, isto agride. E agride também furar a fila, abusar de poder, achar que só porque vocês estão pagando à babá, ao garçom, à professora eles lhes devem obediência. (Vocês estão comprando um serviço, não pessoas!) E tudo que agride retorna como violência.

Tropa de Elite é um filme muito bom. Não julga. Evita a lição de moral, a ideologização (seja de esquerda ou de direita). É uma estória. Não glamoriza bandido, mas também não o pinta apenas como escória. Policial é gente, tem corrupto e tem não-corrupto. Tem o que tortura e tem o que não concorda com a tortura. E nem por isso um é o 100% bonzinho e o outro o 100% demônio. E tem até mauricinho que esculhamba o policial e aplaude a "consciência social" do traficante dono do morro. Financia o tráfico porque compra a droga deles. Mas ao mesmo tempo faz um trabalho organizado não-governamentalmente pra ajudar a afastar as crianças da favela da vida bandida. Essa nossa mania de separar o mundo entre o bem e o mal. Quando na verdade somos uma mescla dos dois. E a história ali na tela mostra isso o tempo todo. Violência é conseqüência também dos nossos pequenos delitos cotidianos. Só faltou mostrar no filme que tipo de violência gera o DVD pirata em que a maioria assistiu Tropa de Elite.

22.8.07

A N D O O U V I N D O V O Z E S

Ando ouvindo o que as pessoas a minha volta têm a dizer sobre mim. Não é exatamente uma questão de me importar com o que qualquer um pensa sobre mim, mas confesso que passei a refletir. Uma colega de trabalho, queridona, me larga um dia que "parece sempre que tu tá bêbada, sempre rindo solto". Na hora eu gostei muito. Bem eu, sempre feliz, sempre de bom humor, sempre vendo as coisas pelo lado positivo. Sim, eu sou Poliana. Por outro lado, a namorada de um amigo me diz na cara "desculpa eu te dizer, mas como tu é diferente sóbria". Vai entender. Uma acha que eu sou uma sóbria com cara de bêbada, a outra acha que sou uma sóbria nas horas vagas. Certo que a colega convive muito mais comigo do que a namorada, essa que dias depois veio a se mostrar um tanto "incomodada" com a minha relação fraternal com seu amado (que aliás, bebe pouco...). Infelizmente sua afeição por mim não lhe tira a razão do comentário. Tenho andado demais na noite, convivido com pessoas que vivem só essa ilusão. Tenho almoçado pouco com minhas amigas, ido pouco ao cinema com meus parceiros de sétima arte, há meses não me jogo na grama de um parque. Tenho gasto demais com festa e trago e investido pouco em outras áreas da minha vida. Longe de ser uma alcoólatra, não bebo diariamente, nunca sozinha e jamais durante o dia. Mas esses "toques" me fizeram pensar. Talvez influencie o fato de várias dessas pessoas que fizeram esse tipo de comentário (sim, há outras) conviverem única e exclusivamente comigo em momentos de festa. Ainda assim, tenho bebido demais.
Essas opiniões de pessoas que mesmo me conhecendo tão pouco e em uma situação tão específica tinham deixado aquela pulga atrás da orelha nada se comparam ao que um grande amigo me disse ontem (coincidentemente sentados numa mesa de bar): "Andei lendo o teu blog essa semana e me dei conta que as coisas que tu escreveu há dois anos atrás eram exatamente as mesmas choradeiras de agora. ‘Chega de fazer da noite uma vida, tô farta de homens perdidos, preciso ganhar mais dinheiro, tenho que conhecer pessoas novas.’ Tu não acha que tá na hora de fazer alguma coisa?" Nos dedos, Emo. Tá na hora de voltar a fazer alguma coisa, pois tu esqueceu de um detalhe nessa história toda. A minha maior reclamação daquela época era também a minha maior dificuldade a superar. E eu consegui. Mesmo assim, teu baldaço d’água vai servir pra alguma coisa. Produtiva, obrigada.
Mais críticas produtivas como essa são muito bem-vindas.
(por que é que esse post me fez sentir como se eu tivesse regredido no meu desempenho intelectual?)

17.7.07

V E L H O S P R O J E T O S Q U E N U N C A S E F O R A M

Exatos 450 dias sem escrever neste blog. Tá certo que no meio do caminho teve outro blog, uma cirurgia, uma velha gata nova, dois novos amores, um fotolog recém-criado, uma pedra. E aquela velha tendência a largar projetos bonitos no meio. Aconteceu do Orkut adotar esse tal de feeds e lá estava o meu velho blog pedindo para ser retomado. Não deu outra. Cá estou. Em busca de inspiração reli todos os 24 posts antigos e me surpreendi com minha própria capacidade de escrever. Quero isso tudo de volta. Às vezes parece que durante a cirurgia, ao invés de um pedaço do meu estômago, tiraram foi um pedaço do meu cérebro. Uma vez vi um programa tipo National Geographic que falou algo sobre seres cuja estrutura celular (?) é muito simples utilizarem seu aparelho digestivo como sistema nervoso. Talvez seja por aí.