29.6.05

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Sem tempo. Sem idéias. Só enchimento. Pra quê?

24.6.05

E U Q U E R O U M A F E S T A P U N K

Esta não tinha Beatles ou Stones. Não tocou Ramones, Sex Pistols, Replicantes, nem Wander na sua fase pós-punk-romântica. Mas acabou com o mestre de cerimônias anunciando o fim da festa "por motivo de força maior, contamos com sua compreensão". Morreu naquela noite o Bira Valdez, diretor da rede que promovia o arraiá. Festa punk.

23.6.05

C R O S S F I R E - f u i o u v i c u r t i

Voltei aos meus tempos de groupie! (com todo respeito às esposas e namoradas dos músicos, que eu já tive meus dias de oficial e sei que o assédio é tosco) Fui ver a Crossfire ontem no 8 e 1/2 e voltei aos meus 18 anos. Sabbath, Led, Deep Purple, Rush, Rainbow (ilovedio) e até um Metallica. A voz do Tagore é uma dádiva. Não é apenas tecnicamente bem trabalhada como também tem momentos que nos faz duvidar de que não seja playback, tão parecida fica seu timbre com o de alguns dos vocalistas que interpreta. Coelho, tocando os dinossauros com maestria, ainda nos brinda com sua presença metálica de longas madeixas lisas e caretas demoníacas ironicamente bem colocadas. Comandando os pratos, Manu garante que nossas pupilas mantenham-se bem dilatadas. E o enigmático Sfinge dispensa comentários. Um baixo de 6 cordas dispensa comentários. Um único show da Crossfire e dispense comentários.

22.6.05

I T ' S R O C K ' N ' R O L L N I G H T

I love rock 'n' roll... Sim, amo. É uma paixão antiga, vem desde os tempos dos shows no bar do meio no centro de Capão, onde os Ressacas tocavam muitos Beatles e a gente twist & shout.

Na verdade vem de antes ainda. Minha primeira discoteca básica começou em sociedade com minha irmã, com dois LPs que ganhamos da mamãe, eu aos 11 anos e ela aos 9. Um deles era um LP da Blitz que tinha umas 3 ou 4 faixas riscadas, censuradas pelo regime de governo da época. Lembro que a gente tentava insistentemente escutar qualquer palavra que fosse por baixo daquele monte de arranhões. O outro era um LP daquela banda alemã, Trio, que cantava uma música usada em uma propaganda que era algo mais ou menos como Dadada - Ich liebe dich nicht, du liebst mich nicht - aha (confesso que a frase de apoio nesse perfeito alemão só descobri recentemente). Com o passar dos anos, ao mesmo tempo que o bolachão foi deteriorando-se, fui descobrindo e apreciando as outras músicas do álbum.

Lá pelos 13 anos, no início da adolescência, comprei meus próprios discos do rock garajão de Replicantes, TNT, Cascavelletes (ops, acho que esse era uma K7 gravada - pirataria!) e Garotos da Rua. Um pouco depois já tinha também The Queen is Dead dos Smiths e The Head On The Door do Cure. Mas foi graças ao filem Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller Day Off, 1987) que descobri o universo encantado dos Beatles. Twist & Shout era a música tema desse clássico adolescente e a favorita dos meus primos mais velhos, sempre tocada nos Natais e Reveillons em família. Foram eles os primeiros músicos que conheci, os que tinham morado em Londres, os que estavam sempre cercados de amigos, mulheres, cerveja. E rock.

Aqui viajo àquele bar na praia, onde a banda-família dos natais e reveillons jameava uns shows toda noite, de quinta a domingo, num boteco que era misto de sinuca e palco. Foi lá que decorei as letras de La Bamba, Twist & Shout e Proud Mary. Era janeiro. Era 1990. Era o fim dos anos 80 (pelo menos foi o que todos pensamos).

E também o fim da minha adolescência (não tecnicamente, mas foi ao menos o fim do Segundo Grau). 1990 foi o ano em que comecei a beber, a fumar e a cair na noite (escondida da mamãe, é claro). 1991 veio o vestibular e a UFRGS - realidade muito diferente do coleginho de freiras em que estudei a minha vida inteira. E com ela, a Osvaldo. O Luar. A Lancheria. O João. O Lola. O banheiro do Lola (Iuc! Que lembrança!). E os músicos. E o hard rock, o heavy metal, o punk, o grunge. Conheci Van Halen, Metallica, Ramones (Sex Pistols já era um velho conhecido por causa do filme Sid & Nancy). Foi o ano do boom Nirvana no Brasil. E Faith No More no Gigantinho.

Em 92 virei groupie de bandas cover. Em 93 virei londrina e vi Iggy Pop na terra da Rainha. E em 94 Mr. Big, David Lee Roth e Pink Floyd, que merecia aqui uma linha só pra si. Ou melhor: um parágrafo inteiro.

Todos os terapeutas por cujas mãos passei dizem que essa fissura pelo rock e, principalmente pelo visual roqueiro (em mim e nos outros - homens e mulheres), é uma recusa do meu ego em deixar a adolescência e finalmente amadurecer. Que o dia em que eu conseguir vestir um terninho, usar um scarpin e um colar de pérolas e me interessar por um homem de cabelos curtos, sem tatuagem e jeans sem furos, finalmente terei dado um passo rumo a "adultescência".

Noutra sessão. Hoje tem Crossfire no 8 e 1/2.

21.6.05

P R A T O V E R D E

Quebrando a rotina dos dias-após-outros em que está virando minha semana, resolvi almoçar no meu vegetariano predileto, ali atrás da Igreja Santa Teresinha. Já é a terceira vez em três semanas que arranjo uma desculpa para me despencar até o Bom Fim e almoçar por lá. A comida é boa, não muito light, o buffet bem variado, mas o que realmente conta é a sensação de estar botando pra dentro do corpo algo que não seja cheio de conservantes, agrotóxicos e edulcorantes. Além do mais, uma vez lá, sirvo-me do papel de naturebista e procuro mastigar cada porção umas 30 vezes pelo menos. Interessante como dessa forma sente-se o verdadeiro gosto dos alimentos. Foi entre uma dentada e outra que percebi que um filé grelhado tem, na verdade, um gosto forte de gordura, daquela banha que se usava antigamente para preparar os alimentos, aquela com cara de sebo. Isto tem me levado a apreciar com crescente eloqüência a culinária vegetariana. Preferencialmente ali pelo Bom Fim: Ocidente, Govinda, Prato Verde e aquele oriental cujo nome não me recordo, mas que fica ali na Ramiro em frente ao Clínicas e basta subir uma escada. Uma única vez por semana. Ainda não pulei totalmente pro lado verde de lá, continuo onívora, como me fez a natureza, porém confesso que a idéia tem me cruzado o pensamento em espaços cada vez mais curtos de tempo.

17.6.05

S E X T A - F E I R A - s e m p r e f o i m e u d i a p r e d i l e t o

Sexta-feira, dezessete de junho de dois-mil-e-cinco, dezesseis horas e cinqüenta e nove minutos. Já comecei o post perdendo tempo em escrever uma informação que é automaticamente divulgada no mesmo. Dane-se, hoje é sexta-feira. E melhor: vou sair mais cedo. Na verdade já estou usando meu fim-de-semana, pois agora já passa das cinco.

Hoje concluo uma semana brilhante como há meses não acontecia. Consegui várias vitórias importantes, mas as mais delicadas estão por vir. E logo. Uma delas é agora às seis e meia, talvez a mais importante. As outras acontecem minuto a minuto a partir de então. O fim da semana é uma alegria pelas conquistas alcançadas, mas uma grande insegurança pelo final de semana que requer atenção redobrada. Culpa da falta de rotina. Culpa da sexta-feira.

16.6.05

S E R C H & D E S T R O Y - o f i m d o s v í r u s

O setor de informática finalmente deu cabo do meu problema. Após 4 dias e @$%entas ligações implorando por alguém com um CD de anti-vírus, foram encontrados 114 vírus, trojans, spies e outras porcariazinhas que estavam me impedindo de trabalhar na minha própria máquina. Já estava com saudades do formato da minha bunda na cadeira.

14.6.05

P E R G U N T E A O P Ó

Devolvi ontem um livro cuja multa por atraso me custou 7 pilas, o equivalente a mais ou menos 10% do valor do livro. Como não cheguei a ler nem 5% das 830 páginas, creio que dei um belo lucro para a biblioteca. Jurei nunca mais utilizar as facilidades de uma instituição pública deste caráter, principalmente durante períodos conturbados da minha existência, quando a não-leitura do livro emprestado normalmente ocasiona em atraso na sua devolução.

Eis que, mal desembolsadas as verdinhas e renovados os votos de abstinência literária, aponta na estante dos títulos recentemente adquiridos nada mais nada menos que o mais comentado livro de John Fante. O "mais comentado" comigo ao menos, que além de nunca ter lido nada de Fante ainda o confundia com Faulkner. Lá estava ele, em meio a Paulos Coelhos, Stephens Kings, Sidneys Sheldons. Uma edição novinha, atual, capa simpática, papel off white. E o melhor: 206 páginas. Redimindo meus pecados ante os literatos americanos, todavia ainda acometida pela dúvida, resgatei o exemplar ali naufragado. Fingindo mera curiosidade, abri a orelha do livro. Bukowski.

A partir desse ponto me nego a escrever quaisquer outras palavras que não um trecho do que li, supondo que bastará para que todos entendam como acabei quebrando minha promessa anti-bibliotecas:

"Eu era um jovem, passando fome e bebendo e tentando ser um escritor. Fiz a maior parte das minhas leituras na Biblioteca Publica de Los Angeles, e nada do que eu li tinha a ver comigo ou com as ruas ou com as pessoas em minha volta. Parecia que todo mundo estava brincando de jogar com as palavras, que aqueles que não diziam quase nada eram considerados escritores excelentes. Seus escritos eram uma mistura de sutileza, artesanato e forma, e era lido e era ensinado e era ingerido e acabou."

Comecei a ler Fante ontem mesmo. Passei das 40 páginas na primeira mordida. Sinto-me um pouco mais distante da escuridão.

13.6.05

V Í R U S - i n í c i o d a s e m a n a

Urra. Viva. Chuva e vírus. Assim começa minha segunda-feira que era para ter cara de 1° de janeiro. Foda-se. Pelo menos enganei eles e fingi que nada acontecia de manhã, quando na verdade tudo estava sendo arquitetado. Hehe. Programado o dia. Um de cada vez. Agendei consultas. Cinco numa sentada. Caminhei 45 min. Uau. 40% do dia já foi um sucesso. Que venham os outros 60%.

12.6.05

D O M I N G O S

Clichê: odeio domingos! Sempre odiei. Normalmente acompanha ressaca e deprê Fantástico. Geralmente escreve-se um monte de merda e guarda-se. Hoje resolvi criar o bilhonésimo blog. Clichês. Odeio clichês.